terça-feira, maio 29, 2007

admiration

Leio na Tabu deste sábado uma entrevista com a Helena Sacadura Cabral e fico fascinada com ela, com nas histórias que conta, com a desenvoltura do discurso e do modo de viver que deixa transparecer.
Gostava de ter crescido numa família assim, de mulheres fortes, com ensinamentos para a vida, com histórias e História para contar.
Fico com vontade de ler coisas dela.

finland


São cisnes, amor!

um café e um conto

No sábado lá fomos até ao Café Progresso, tomar um café e ler o conto do mês, de uma querida amiga.

Ainda comecei a folhear, ver as figuras que me lembram os livros da Alice no país das maravilhas, mas decidi não, guardei-o para mais tarde, para então me perder com Lúthien e Lólindir, num mundo de sonhos e de livros. Acompanho a angústia de Lúthien, a sua escrita, em defesa dos sonhos, dos dela? ou dos nossos?

Dos nossos, por certo, que os dela vivem do outro lado do espelho.

Parabéns Angela.

@ cinema


Muito recomendável este Ruptura, com Anthony Hopkins e Ryan Gosling, numa história bem construída com personagens cheias, interessantes e cativantes, quer sejam o bom ou o mau da fita.

Como já li em qualquer sítio Hopkins andava há muito tempo a fazer de Hannibal, eu já estava com saudades de o ver numa personagem diferente, se bem que ainda assassino, por esta vez.

A propósito da personagem de Gosling diz o Paulo Portas na crónica do Sol desta semana que é, entre outras coisas, pesporrente (pesporrência é definida como prosápia balofa; arrogância). Eu não diria tanto, é ambicioso, bem falante (não fosse advogado), quem sabe até um pouco desleal, mas acima de tudo, perseverante.

O conjunto do filme mais que compensa um ou outro momento mais morto da acção.

sexta-feira, maio 25, 2007

plans for the holidays

Para além de compras para a casa, preciso de compras para mim. Ou melhor, preciso de perder o apegamento às saias e às camisas e de uma vez por todas esvaziar o armário de roupas que não uso há mais de um ano.

don't

Em dias de chuva lá fora apetece não sair de dentro de casa, como se a chuva me fosse levar para sítios que não quero.
Por vezes o mesmo acontece com as manhãs, mesmo que apenas ameace chover lá fora: a perspectiva do que se vai passar no dia leva ao desejo que seja sempre de noite.
Sim, sim, muito sono nesta manhã de sexta-feira.

quarta-feira, maio 23, 2007

wishing well






Ver um e rever o outro.

Encher a barriga de conversas de amor.

Um fim de semana destes, quem sabe.

@ (back to) the bookshelf


Não preciso de dizer muito sobre este livro porque por cá já fui falando sobre ele.

Há muito que um livro não me conquistava de forma tão emotiva, não me enrolava nos sentimentos das personagens.

Para mim este livro é isso mesmo, uma história que se conta através dos sentimentos, ou sentimentos que nos contam as histórias de pais, filhos, irmãos, crianças, adultos ou já idosos.

Uma amiga comentava-me que não imaginava as personagens como as fotografias que delas vêm no livro e eu não podia concordar mais com ela. Não eram aquelas as feições, não era aquele sorriso, aqueles olhos que viram os pianos, as alegrias e as tristezas.

Fiquei adepta da escrita fluída do autor, da sua construção de histórias. A descobrir outras obras, sem sombra de dúvida.

my home is missing*

Um bengaleiro e um criado-mudo.
Depois da aventura do bengaleiro encontrado na loja do Largo da Graça, que, sendo uma pechincha, agora sofre de problemas de equilíbrio, penso que chegou a altura de encontrar algo de mais confiança.
Quanto ao cabide para o quarto, tenho que pensar bem nas medidas, no espaço e assim...
Alguém tem sugestões para compras de fim de semana?

*para além de comida para abastecer o frigorífico quase vazio, os armários a meio gás e duas das três gavetas do congelador

segunda-feira, maio 21, 2007

@ opera

Deliciosa a Carmen que fomos ver ao Coliseu, mulher forte, com garra, conquistadora e conquistada, como as há poucas.

Para não esquecer, fica a história e a Habanera, na voz da diva.

L'amour est enfant de Bohême,
il n'a jamais, jamais connu de loi;
si tu ne m'aimes pas, je t'aime;
si je t'aime, prends garde à toi!
Si tu ne m'aimes pas, si tu ne m'aimes pas, je t'aime!
Mais si je t'aime, si je t'aime, prends garde à toi!

@ cinema


Devo confessar que gostei destes jogos de infidelidade, que me diverti com os desentendimentos entre as personagens (embora por vezes apalhaçados), que retirei dali algum sumo de vida.

Maravilhoso para um domingo à tarde (ou sábado à noite, no caso).

quarta-feira, maio 16, 2007

which superhero are you?




"You are a wanderer with amazing strength."
Ainda bem que eu respondi que era bonita!

(via spiderman)

weakness

Se há coisa que sei fazer bem é ser injusta, principalmente com aqueles que me são mais próximos, que me são mais queridos.
Eu sempre tento, mas por vezes tentar só não é suficiente.
E acabo a magoá-los, por puro egoísmo.
Será um pedido de desculpas suficiente?

say it again?

"Ask yourself whether you are happy and you cease to be so."
[John Stuart Mill]

Curioso que esta frase seja atribuída a um economista...

it's a sunny day

Dizem-me que está sol lá fora, que se está bem à beira-mar.
Espreito pela janela e dou-lhes razão.
Cá dentro, cumpro o último dia de castigo, e peço ao sol que me espere. Já só faltam mais 2 dias para o fim de semana.

to say

Na vida privada não sei o que digo, ou não digo daquilo que sei.
Na vida pública esforço-me por apenas dizer do que sei.
Na prática, precisava era de dizer mais.

terça-feira, maio 15, 2007

wonderful surprise

i take no for an answer

Faço ou não faço?
Fico ou vou?
Sim ou não?
Em caso de dúvida, o não parece-me sempre a decisão mais racional.

life as i know it

Leio algures uma entrevista em que uma actriz fala da sua vida. Aquela forma de falar cativa tanto ou mais que os acontecimentos contados.
O meu consolo é que nunca terei que contar a minha vida em entrevista.

wishing well

Dos dias que vêm e que passam ficam os desejos cumpridos e os ainda por cumprir, uns como recompensa, os outros como motivação, por vezes, ou, tantas outras vezes, como frustração.

segunda-feira, maio 14, 2007

pillow talk

Tanta coisa para dizer, tantas conversas imaginárias, tantos suspiros, tantas perguntas contidas e nada.

A vantagem de confidenciar com a almofada é que não são precisos sons, a ordem das palavras é tão mais natural.

one hour to go

Hoje o stress dá-me para comer.
Coisas boas, doces, proibidas e que, a cada ataque, vão desaparecendo do armário.
Sem que haja qualquer hipótese de um reabastecimento.
A cobiça está nos olhos, o que estes meus não vêm, não comem, quando muito, desejam.

domingo, maio 13, 2007

go boys

O erro foi ter ligado o rádio.
Depois de saber o resultado no fim da primeira parte do Paços de Ferreira-Porto, não há nervos que aguentem voltar a desligá-lo.

senior

O meu pai começa a falar seriamente em reforma, só ainda não sei se com isso quer dizer deixar de fazer o que sempre fez na vida.
Mais do que a minha, assusta-me a velhice deles.

@ cinema



Mesmo considerando que tem partes boas, o mau das cenas dramáticas descompensa e o filme é, um resumo, uma maçada.

loneliness


Há muito tempo que não me acontecia acordar com o coração aos saltos, em sobressalto e ficar deitada a olhar o tecto, os olhos fixos, com vontade que o acordar não tivesse acontecido, que ainda estivesse no suave alheamento do sono.
Mas não, despertei e comigo despertaram medos e angústias.
Sofro por antecipação, eu sei. Sofro mais com o futuro mal imaginado que com o presente que, esse, se o soubesse apreciar, só me dá razões para sorrir.

sábado, maio 12, 2007

modern days

Em vez da agenda ou do diário, dou por mim a procurar datas e acontecimentos passados nos arquivos do blog.

other women




I love you baby
but face it she's Madonna
No man on earth
could say that he don't want her

[Robbie Williams]

inside outside

Lá fora passa uma caravana de carros a buzinar, festejam dia de véu e grinalda.
Cá dentro aprecio o silêncio, espantosamente desperta depois de uma manhã com exame.
Lá fora imaginava como seria deixar seguir o carro até ao fundo da rua, onde o mar se encontra à distância de um atravessar de estrada.
Cá dentro franzo o sobrolho a lembrar que bater com o carro, apesar de inconsequente, não é a melhor forma de relaxamento.

quinta-feira, maio 10, 2007

roses are red

You are the rose of my heart,
You are the love of my life.
A flower not fading nor falling apart,
If you're cold, let my love make you warm.
Rose of my heart.

So hard times or easy times, what do I care,
There's nothing I'd change if I could.
The tears and the laughter are things that we share,
Your hand in mine makes all times good.

You are the rose of my heart,
You are the love of my life.
A flower not fading nor falling apart,
You're my harbor in life's restless storm.
Rose of my heart.
[Johnny Cash]

doorbell rings

Presa em casa, agarrada a uma mesa coberta de livros abertos, páginas manuscritas e slides impressos, surpreende-me o toque da campainha da entrada.
A inesperada visita pretendia evangelizar-me, falar-me ao espírito, conversar ou então deixar literatura para reflexão alternativa.
Recusei ambas, assustada com a coincidência de uma desconhecida me reconhecer pobre de espírito.

terça-feira, maio 08, 2007

wishing well

Uma fatia de bolo chocolate
Um gofre
Uma bola ou duas ou três de strawberry cheesecake
Um chocolate de amêndoas
Um leite creme acabadinho de queimar
Uma fatia de tarte tatin com gelado de baunilha

Bem baralhados, misturados e desembrulhados um a um em sorte em dias de desejo.
Um por mês seria uma bom objectivo.

domingo, maio 06, 2007

you and me

Há dias que não deviam acabar, abraços que não deviam terminar, beijos que não deviam parar.

lalalalala

And how can you mend a broken heart?
How can you stop the rain from falling down?
How can you stop the sun from shining?
What makes the world go round?
How can you mend a this broken man?
How can a loser ever win?
Please help me mend my broken heart and let me live again.

Quando entrei no carro, tocava esta música. Boas memórias de dias trauteando lalalalalala....

quinta-feira, maio 03, 2007

imaginary conversations

- Sabes, ontem aconteceu-me outra vez...
- Sério? Então que aconteceu desta vez?
- Não precisa de acontecer nada, basta uma palavra, uma emoção, uma imagem que eu crio na minha mente e pronto...
- Emocionas-te?
- Sim... Choro mesmo...
- Não percebo como isso é possível
- Sinceramente, nunca me tinha acontecido assim com tanta frequência. Sabes que sou uma lamechas, mas...
- Xiiii, então não sei... Mas, até com livros?
-Pois não sei o que tem aquela história, aqueles personagens que me comovem. Comovem-me as emoções, as descrições, os destinos de pais e filhos, os bem e os mal-amados, os nascimentos e as mortes. Até as crianças me comovem. Mas, sabes o que é mais engraçado?
- ...
- É que ainda não percebi muito bem quem é quem. Anda para a frente e para trás, muda de personagem e eu ainda não consegui perceber a família: quem é o pai ou o filho, as tias ou as irmãs, o tio ou o irmão, não consigo construir a árvore familiar na minha cabeça.

the sun the windows and the shades

Há mais de 2 meses desalojada do meu local habitual de trabalho, sabe bem ter como minha por estes dias uma sala com grandes janelas e luz natural.
Mal abri a porta hoje de manhã cumprimentou-me o sol, que inundava a sala, como que a querer convencer-me a não acender as luzes e a deixar-me estar só na sua companhia.
Ainda tentei, resisiti ao impulso inicial de baixar os estores, mas o reflexo da luz abundante no ecrán obrigou-me a uma solução de consenso, metade sol, metade sombra.
Os dias de sol não foram mesmo feitos para se estar a trabalhar!

quarta-feira, maio 02, 2007

blurry

Olho à minha volta e não vejo pessoas nem objectos. Como se a perturbação da visão que me tem atormentado me deixasse andar num mundo só meu, me deixasse a caminhar em cima de uma nuvem.

Olho à volta e não vejo as pessoas com quem falo e muito menos aquelas com quem gostaria de falar. Como se a minha nuvem me encerrasse numa solitária, transformando a nuvem numa bolha que me envolve e me carrega.

Olho à minha volta e não ouço o que me dizem, não quero escutar os outros nem mesmo a música que toca e a minha voz que fala dentro da minha bolha.

terça-feira, maio 01, 2007

tune in

Na televisão ouço falar da mudança de costumes e da evolução das gentes portuguesas nas últimas gerações. Dos nossos avós para os nossos pais e deles para nós.
A vida, as profissões, o acesso a bens de consumo e ao estudo e a profissões, a orientação das vidas, os divertimentos, o cinema, os bares e discotecas, o casamento e o sexo.
Muito interessante o trabalho de António Barreto.

for you

Não sei se (te) conte um segredo, se (te) diga o que sinto, se (te) confesse o que me vai na alma.
Não sei se (te) passe para palavras o que (te) diz o sorriso, o que (te) contam os beijos, o que (te) conversam os abraços.
Não sei se (te) diga o que as palavras não (te) dizem, o que o silêncio (te) fala, o que me faz sorrir.

@ cinema



Se sabia tinha visto apenas o trailer. O filme não acrescenta muito mais.

sentimentality

Sou muito apegada a coisas. Coisas que me lembram dias bom e dias maus, roupas e sapatos que me lembram ocasiões especiais, dias ou acontecimentos marcantes. Sempre que me vêm à memória acontecimentos passados não raro associo a roupa que vestia ou, pelo menos, a cor.

Não me surpreendem portanto as gavetas dos armários cheias, descobrir no meio da roupa de todos os dias uma camisola que já não usava há mais de ano ou dois.

Não me surpreende que me digas que não reconheces a roupa que visto hoje, apesar de me veres quase todos os dias há quase 3 anos.