sexta-feira, março 30, 2007

reading

Por estes dias tenho vivido no universo Murakami, fantástico, real e imaginário como só ele sabe escrever. Estou sempre à espera do momento em que vou desvendar mais um pouco da história, para ver o caminho que a pedra de entrada abriu.

Está decidido que nos próximos tempos ofereço pássaros de corda, gatos pretos, sputniks ou madeiras norueguesas a todos aqueles a quem quero bem.

my mood


Há dias em que acredito que tudo é perfeito, ou melhor, que é muito bom. Que as contrariedades existem para ser contrariadas, que os problemas do escritório se fecham com a porta ao fim do dia, que a felicidade existe.

Mas isso não impede os desejos de mudar de vida, de pensar em alternativas, de avaliar o que tenho face ao que queria ter.

A diferença está no copo, que uns dias brinda meio cheio à vida e nos outros desespera por estar já meio vazio.

wishing well



Todos os dias, a todas as horas.

silk dress

Às compras para Ramos e Páscoa apercebo-me de como andam as modas para a Primavera. Apesar do frio que está lá fora, parece que é Verão dentro das lojas. Procuro cores e tamanhos, adapto aos gostos e apaixono-me também por pequenas coisas para mim.

O que me deixa triste é ser forçada a guardá-las no armário, protegidas do frio e da chuva, a namorar platonicamente o sol e os dias sem casaco.

all i need

Falava com uma colega sobre o que realmente nos chateia na vida de todos os dias e concluímos que é o tempo.

O tempo que foge para todos os lados, que se consome rapidamente e deixa apenas migalhas como prova de que realmente existiu.

domingo, março 25, 2007

compras

Namoro os livros, sinto-lhes o cheiro, aprecio contra-capas, leio resumos e páginas ao acaso. Os títulos estão cada vez mais estranhos, parecem-me todos vazios, poucos são o que me conquistam por estes dias. Mas o cheiro, as imagens, o toque, o formato e o alinhamento dos textos, a cor do papel parecem-me cada vez mais apelativos.
Resisto uma, duas vezes, mas à terceira não consigo mais e trago um comigo. Para depois de Kafka à beira-mar.

diferenças linguísticas

Ouço o meu nome na tv e quase não o reconheço.
Em inglês soa diferente, mais redondo, enrolado na língua.
Gosto.

sexta-feira, março 23, 2007

saudade de viajar

Por estes dias ouço a palavra férias de amigos, familiares e conhecidos.
Gostava também de poder ir para o sol ou frio, praia ou campo, cidade ou mesmo deserto, mas ir, sair de cá.
Quem sabe lá mais para o Inverno.

gastam-te, vida

Vivia todos os dias a pensar na vida.
A vida que a levava de manhã para o emprego, para as tarefas de todos os dias, os desejos do chefe e os caprichos das colegas.
A vida que a fazia correr na hora de almoço para as compras, o supermercado, os frescos, as roupas, a farmácia.
A vida que a fazia consumir horas no trânsito de fim de dia para chegar a casa, por entre notícias da bolsa, da política, músicas novas e de outros anos.
A vida que a fazia cozinhar o jantar todos os dias, para si só, um dia sopa, noutro uma qualquer receita partilhada por uma amiga ou conhecida, outras apenas pão à sua moda, ao sabor do seu apetite.
A vida que a levava para a cama, por vezes já no outro dia, cansada, morta, a pensar na vida.
A vida que no outro dia começava de novo.

tendências

Talvez por ter entrado fria, a Primavera ainda não me conquistou este ano.
Não me apetecem flores, nem cores claras e muito menos me conquistam montras de meia manga, tops e casaquinhos.
Pelo contrário, a minha semana vestiu-se de cinzento, total ou em pequenos apontamentos, como que a pedir ao Inverno para não se ir embora ainda.

quarta-feira, março 21, 2007

mimo

Encher uma caneca com leite, aquecê.la no micro ondas e após o beep beep retirá-la, aquecer nela as mãos.
Trazê-la para a mesa de cabeceira e já com as pernas bem aconchegadas deixar o quente do leite aquecer-me, de dentro para fora.
ahhhhhh

abc de tudo o resto

Adorei Beijos Caril Desejos E Felicidade
Ganhou Hoje Intimidade
Juntos Kasa Lanchar Mimos
Nada Ouvir
Príncipe Querido
Rir Sofá Tagarelar
Upa Vais
Xau
Zzzzzz

segunda-feira, março 19, 2007





Pouco a pouco regresso a Kafka à beira mar, que foi connosco de férias para a praia e tem estado a descansar na minha mesa de cabeceira. À espera de dias com tempo para histórias de homens que conversam com gatos, de meninos que se chamam Kafka, de comidas desconhecidas, de modos e costumes que parecem de outros tempos.

dias do(s) pai(s)

A minha mãe já há muito que desistiu, a divergência de opiniões leva-a a avaliar o "estado do tempo" e a manter as conversas nos assuntos comuns, se a maré não está de feição.
O meu pai por vezes tenta, raramente, como se tivesse já esquecido de como se faz, sempre com a sua atitude positiva e protectora.
Eu raramente o faço, e quando me sinto tentada, desisto, vencida pelo medo de falhar, de não corresponder às expectativas.
De verdade, gostamos muito uns dos outros. E se as confidências não são fáceis, a parte afectiva, os carinhos, a partilha são completamente diferentes do que me lembro em miúda, melhores...



Está uma embalagem destas aberta no armário da minha cozinha, na prateleira mais ao nível dos olhos e, por muito que a abra em busca de café, cereais ou um outro snack mais light não resisto em roubar mais um.
Dizes-me que os outros são melhores, mas a mim, estes têm-me sabido deliciosamente.
Leva-os contigo, levas?

água

Hoje de manhã chovia lá fora, caíam pingas grossas que seguiam directas para jardins e campos que, por certo, as agradeceram.
As minhas mãos, cá dentro, também pedem água, alimento ou nutrimento. Pedem que as amacie, as trate e hidrate.
O rosto, ao contrário, reclama do excesso de água, das gotas secas ao sol que entrava pelo vidro da frente do carro dentro. Pede sorrisos e gargalhadas, para absorver a água e lhe trazer brilho e luminosidade.

domingo, março 18, 2007

sad, love



E a solidão é o meu pior castigo

wishing well



O que realmente importa cabe numa malinha bem pequenina, cabe num sorriso, num mimo, num abraço.
Cabe no coração.
O que levamos nas mãos são pedaços que não queremos largar com medo de os esquecer.
Como nas fotografias.

sexta-feira, março 16, 2007

away

Por entre garganta, estômago e cabeça escuso-me com dores.
Reflexos físicos de vontades mentais, de oscilações de peso e de humor, de felicidade na cara enfiada confundida com cansaço e desânimo.
Tanto bom esforço de mostrar apenas o que se quer deixar ver havia de um dia qualquer surtir efeito.

@ cinema



Expectativas em alta, barriga cheia de belas imagens, fatiotas e penteados, intrigas de alcova, venenos, ninjas e belas chinesas. As mulheres, essas conspiradoras...

Final indesejado, barriga vazia de acção, cansaço do arrastar da intriga, desconhecimento completo da intenção do realizador.

As horas cantadas, isso sim, uma delícia!

quinta-feira, março 15, 2007

(mais) 1 mensagem recebida

A avaliar pelas sms que tenho recebido, nos últimos dias houve um problema com a piscina do meu ginásio. A passo e passo fui sendo informada por sms, primeiro, do problema, depois da evolução e, ontem, por fim, da sua resolução.
O facto de eu já não ir ao ginásio há mais de um mês e de nunca ter sequer molhado um pezinho na piscina subitamente deixa de ser relevante.

quarta-feira, março 14, 2007

young at heart

Fairy tales can come true, it can happen to you
If you're young at heart
For it's hard, you will find, to be narrow of mind
If you're young at heart

You can go to extremes with impossible schemes
You can laugh when your dreams fall apart at the seams
And life gets more exciting with each passing day
And love is either in your heart or on its way

Don't you know that it's worth every treasure on earth
To be young at heart
And as rich as you are it's much better by far
To be young at heart

And if you should survive to 105
Think of all you've derived out of being alive
Then this is the best part
You have a head start
If you are among the very young at heart

Don't you know that it's worth every treasure on earth
To be young at heart
Or as rich as you are it's much better by far
To be young at heart

And if you should survive to 105
Think of all you've derived out of being alive
Then this is the best part
You have a head start
If you are among the very young at heart
If you are among the very young at heart

Written by (words and music):Carolyn Leight & Johnny Richards(1)
Published by: Cherio Corp. (BMI), Ocheri Publising Corp. (ASCAP), Junes Tunes (BMI)

Official release: Orphans (Bawlers), (P) & © 2006 Anti Inc.

(1) Young At Heart: Written by Carolyn Leight & Johnny Richards. Made famous by Frank Sinatra (1954/ 1963) as (opening) song from the movie "Young At Heart" (1954, sung by Frank Sinatra).

Mr. Tom Waits, na terceira semana do Tio Tom, grande iniciativa da Lebre.

Durante anos o Better off without a wife foi o meu hino.

wishing well



Diz o meu horóscopo que Março não é mês para mudanças, para trocar certezas por incertezas, como se adivinhasse o que me vai na alma, o que me consome a (boa) disposição.

this blog is open to invited readers only

Pois é um direito que assiste a todos nós, mas que tenho pena, lá isso tenho.

termómetro

Agora que as temperaturas lá fora começam a estar mais amenas, o meu corpo deu para ter frio, muito frio, após um Inverno inteiro sem dar de si. Pouco a pouco doem-me todos os músculos, os olhos brilham e parecem querer sair das órbitas, a cabeça estala de quando em vez e a garganta recusa-se a engolir líquidos.

Será que tenho um termómetro cá em casa?

segunda-feira, março 12, 2007

bolo de chocolate

Para não esquecer: este bolo parece ser dos que eu gosto...

pretextos

Há qualquer coisa na proximidade de uma reunião de condomínio que me faz sentir necessidade de chocolate com amêndoas.

eu não era assim

Entrar no edifício, sentar-me na sala de espera, esperar para pouco depois entrar na sala e sentar-me na cadeira.
Um copo com líquido cor de rosa pousado ao lado, boca aberta, mangueira e apetrechos dentro da boca e aquele barulho, a pressão nos dentes, as matrizes e por fim o alívio do fim da consulta. Até ao mês que vem...

(cada vez me custa mais ir ao dentista)

domingo, março 11, 2007

six feet under, T1.3


Na relação entre Nate e Brenda reina o sexo, sem mais investimento, diz ela.
Claire descobriu o enamoramento e a big mouth no objecto da sua paixão, desiludida, portanto.
Keith encontrou em David o que faltava nos companheiros sexuais anteriores: "uma pessoa que está connosco e nos vê como realmente somos".

@ cinema



Numa entrevista hoje de tarde na SIC Notícias, o Ministro Francês dos Negócios Estrangeiros dizia a Nuno Rogeiro que África era a juventude do planeta que cerca de 80% da população tem menos de 25 anos. A avaliar por filmes como o que valeu o óscar de melhor actor a Forest Whitaker, está bom de ver porquê: não há estabilidade, não há liderança que não dê em ditadura, que não dê em atentados aos direitos humanos, que não dê em guerra civil, que não dê em mais mortes e a novas lideranças que reiniciam o ciclo.

Definitivamente, não percebo África, não compreendo os seus cheiros e, muito menos, as suas gentes.

dia de sol

Enquanto o sol brilhava lá fora a convidar a Primavera a vir mais cedo este ano, refugiei-me cá dentro, na penumbra, enrolada na manta, envolta pelo inverno dos meus pensamentos. Apesar da chuvada cá dentro, o sol conseguiu vencer-me e entrou-me em casa com o seu calor.
Pouco a pouco, vai passando o Inverno, até à próxima estação.

sexta-feira, março 09, 2007

outras mulheres



Delinda, Mary e Sam.
Saudade de Las Vegas?

na cozinha

No dia do aniversário do patriarca da casa, também por vezes referido como o dia da mulher, com o pretexto de um cigarro, juntamo-nos os quatro à conversa na cozinha. Discutimos passados e presentes, vidas e trabalhos. Combinamos passeios de horas, de fim-de-semana ou de um dia só. Há serões assim, bons...

coisas que só posso fazer ao fim-de-semana

Pegar num livro ao colo e levá-lo connosco a ver o mar, a passear na praia, a sentar-se numa esplanada a apanhar sol.

Luís Bernardo

Ontem à noite enquanto não adormecia dei por mim a pensar em como se chamava a personagem principal do romance Equador, a rever mentalmente a aventura de emigrar para África para satisfazer um pedido do rei. A propósito de como não gostaria de viver em África. Depois de ouvir falar em deslocações a Angola e em táxis para mais de 10 pessoas.

A propósito de um texto do Chefe Vitor Sobral no Sol de uma ou duas semanas atrás sobre o livro da sua vida. Acerca de forma como os livros nos marcam e nós os marcamos a eles. Eu gosto de usar um daqueles postais de distribuição gratuita com uma imagem que me inspire ou de um filme que tenha visto. Ele dobra-lhes os cantos inferiores.
Manias.

(bem me parecia que não era Luís Filipe)

quarta-feira, março 07, 2007

six feet under, T1.2

Depois de ultrapassar a morte, de lutar com ela, de a maldizer, vem a leitura do testamento espicaçar medos, reabrir feridas, despertar ressentimentos. Mãe e filhos lutam pelas expectativas que tinham do pai e do marido, procuram nos seus desejos a expressão do que nunca lhe viram pessoalmente, procuram e não encontram, ou não conseguem reconhecer.
Mas a vida continua, as relações desenvolvem-se, os desencontros acontecem todos os dias a todos nós.

suspiro

Amanhã recomeça a vida de sempre.

(e eu despertei o monstro do vício do chocolate)

terça-feira, março 06, 2007

hair day

Depois de uma tarde de fazer qualquer cabeça em água, nada melhor que uma massagem de água na cabeça e um penteado bem caprichado.

(it's a good hair day, I'd say)

a ordem das coisas

Começamos com custos teóricos, indicadores objectivos e outros menos, analítica e gestão bem misturados com quadros, percentagens e formatações de texto em folhas de cálculo.

Seguiu-se a soma ordenada de balanços de filhas e da mãe, eliminando as relações entre elas, com a devidas atenções a minorias. E somar balanços sem balanços não é fácil. O texto esse lá ficou para mais tarde, atrasado...

Depois dissecamos a tributação da despesa, os fundamentos para que nos tirem do bolso mais 21%, em geral, do que efectivamente custariam todas as coisinhas que vamos comprando. Compro bens ou serviços? Em Portugal? Na Europa? Até compro na China ou em Marrocos, pago imposto ou nem por isso, será que estou sujeita a estar isenta ou não estou para me sujeitar a impostos sobre o consumo?

Como se não fosse suficiente ainda nos tributam a riqueza, a propriedade e os bens que gentilmente nos oferecem ou doam. Será promessa? Onde se localiza, a que afecto, que área tem o edifício que utilizo para meu conforto? Dos coeficientes eu gosto da vetustez. Mais uma vez os sujeitos passivos, pois então, pagadores? Isentos ou milagrosamente fora do campo do imposto? Compro e revendo? Prometo comprar, ou simplesmente vender?

Esperam-me agora fórmulas matemáticas, modelos de prémios Nobel, políticas de dividendos e de financiamento, combinações óptimas e estruturas de capitais. Peço emprestado? Espero uma doação? Compro ou vendo? E os impostos? Que baralhação!

muda de vida...

Aos poucos começo a descobrir os encantos de trabalhar em casa ou, no caso, estudar.
Acho que me sentiria realizada numa vida académica, a estudar o sentido da vida ou de qualquer outra coisa mais palpável.
Só teria que sobreviver à fase inicial de acordar cedo por iniciativa própria, sem ter um horário para cumprir. A partir daí, imagino-me rodeada de livros, papers, apresentações, a escrever, a investigar, a ler.

outras mulheres


Scarlett Johansson para Louis Vuitton.

post-it

De quase todas as vezes que abro o blogger divido-me. Fecho os olhos e penso mais uma vez nas razões que me levam a abrir a minha alma para o desconhecido ou, diferente, mas por vezes muito igual, a escrever coisas que não sou capaz de dizer aos poucos conhecidos que por cá passam.

Umas vezes vence-me a disposição e saem desabafos, partilho felicidades, outras refreio os ânimos e encontro pretexto alternativo para juntar letras e formar palavras e frases.

Outras vezes ainda fico-me pelas meias palavras, junto uma imagem, uma frase, construo as minhas associações pessoais e filmo o filme ao sabor do momento.

Reconheço que, de todas, as mais sentidas são as meias palavras, os enigmas que me alimentam, o copo meio cheio, o véu translúcido, ou não fosse o desabafo a minha mais temida forma de expressão.

sábado, março 03, 2007

extravagância



a dois.

extravagância



para um(a).

sad, love

Às vezes, no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
o antes, o agora e o depois
por que você me deixa tão solto?
por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos secretos
só abro pra você mais ninguém
por que você me esquece e some?
e se eu me interessar por alguém?
e se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está maduro
onde está você agora?

Canta para mim, Caetano...

sexta-feira, março 02, 2007

estar no sítio certo à hora errada

- E este fim de semana? Vale a pena desafiar-te para alguma coisa?

- Hoje apetecia-me um jantar bom, assim como em Serralves... Queres vir jantar comigo?

quinta-feira, março 01, 2007

tudo aquilo que nunca serei

Apesar dos números, letras, páginas e exercícios, gira a mil o pensamento e intromete-se, atrapalha os raciocínios sãos e impõe-se.
Se ao menos eu encontrasse o botão que me desliga...

margaridas amarelas



Sem água, porque a gravidade tem muita força!!!!

facto

20% do tempo de preparação de um documento resume-se a edição de texto. E parece sempre que falta alguma coisa...