Como que a antever as páginas que se seguiam no meu livro, o meu quarto estava gelado, frio da chuva e do sol que não tem querido aparecer.
Porque pensamos na vida? Ou, será que penso como devia? Se é certo que páro muitas vezes para pensar no que está mal, raramente penso no que está bem, no caminho que as coisas tomaram, no que fiz e no que deixei acontecer.
Como a personagem, que se apercebe de como tem sido a sua vida quando pára uns dias para viver sem horas nem destino, que toma consciência do seu passado, do que ganhou e do que perdeu, que acorda para a vida e toma consciência de pequenos pormenores que vai descobrindo: a música, o cinema de autor, conversar, ler ou mesmo dormir. Apercebe-se das suas fraquezas, mas também dos seus pontos fortes, das suas qualidades e dos dias em que a vida lhe sorriu.
Ao som de Beethoven.
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